Meu lindo dorme aqui ao meu lado...
É tão bom ver o rostinho sereno do meu filhote! Meu coração se enche de ternura e de um amor incondicional. Daqui a pouco ele vai acordar, olhar para mim e dar um sorriso puro e me fará a mulher mais feliz do mundo!
Meu filhinho tem apenas 2 meses e 21 dias, mas parece que está aqui desde sempre.
Não consigo imaginar minha vida, meus dias sem essa criaturinha minúscula tão linda e tão dependente de mim.
O dia do seu nascimento foi muito especial... Apesar de não ter sido como eu sonhei, foi único!
Passei toda minha gestação querendo parir. Sonhando com um parto normal, com as dores e contrações, com a emoção de sentir meu filho saindo de mim. Mas não foi assim.
Quando eu estava com 39 semanas e 4 dias, pedi pro meu médico marcar a indução. Marcamos para o dia 08/08/09, quando complataria 40 semanas. Não sei se fiz certo, pois poderia ter esperado mais 1 semana, só mais uma semana. Mas eu me influenciei por outras pessoas, acho que por cansasso e para que parassem de me cobrar. E então, fui para a indução.
Tinha convicção de que daria certo e meu filho ainda viria pelos meios mais normais possíveis (mesmo sofrendo as várias intervenções que um parto induzido proporciona).
Às 14h do dia 08 de agosto estava internada e uma enfermeira veio colocar o remedinho que prepararia o colo do útero. Depois desse remedinho as contrações vieram. Tímidas, mas eram contrações. Fiquei feliz. Meu médico chegou, examinou e disse que ainda demoraria, já que ainda não havia dilatação.
O colo do meu útero já estava "apagado" desde 34 semanas e tudo indicava que o TP não demoraria, mas ali estava eu, com 40 semanas, tentando acelerar o que estava demorando.
Passei a madrugada toda com contrações de 5 em 5 minutos. O médico plantonista colocou mais um comprimido, fez outro exame e disse que as coisas continuavam na mesma. Durante a madrugada ele veio me examinar mais umas duas vezes e nada havia evoluído. Eu conseguia até dormir, pois não sentia nada!
Na manhã do dia 09 (dia dos pais), meu médico chegou para me examinar e constatou que o quadro era o mesmo há muitas horas. Isso fez com que ele me falasse o que eu mais temia: uma cesárea de emergência. Meu TP não evoliu e o meu filho poderia entrar em sofrimento.
Ao ouvir tudo isso um misto de ansiedade e medo tomou conta de mim. Mas, como era necessário, fomos pros finalmentes.
Não lembro exatamente a hora que entrei na sala de cirurgia. Mas lembro-me bem do médico anestesista (que por sinal foi um amor) e do meu marido ao meu lado. Tomei a anestesia! Pensei que fosse doer, mas doeu muito mais colocar o soro do que a anestesia. Logo deixei de sentir minhas pernas (coisa estranha) e me deitaram. Depois disso o tempo parecia não passar. A todo instante eu perguntava pro Luiz Carlos se o nosso filho já estava nascendo. Até que o meu médico disse "Vai nascer", e eu ouvi o melhor som de todos: o chorinho do meu filho! O trouxeram para eu ver. Chorei como criança ao ver aquele serzinho lindo, meio roxinho, chorão, com mãos gigantes (para um rn) e que era meu. Assim que nos encontramos ele parou de chorar e nos olhamos fixamente.
O Lucas veio ao mundo no dia 09/08/09, dia dos pais, às 10:09h, com 3,650kg, medindo 48cm e APGAR 9/10.
Um bezerrinho! Ainda na sala de recuperação ele já pegou o seio e mamou.
Continua
